Trabalhos arqueológicos no povoado do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel, Beja), datado da Idade do Bronze Final (1200 – 800 a.C.), decorrem entre 4 e 29 de agosto, comtemplando diversas iniciativas destinadas ao público em geral.
O projeto de investigação arqueológica pretende dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos desde 2008, com alguns interregnos, centrando-se no estudo da área habitacional deste enorme povoado fortificado da Idade do Bronze.
Os trabalhos anteriores permitiram a escavação de uma seção da muralha, bem como o estudo de diversos aspetos do seu complexo sistema defensivo que englobava troços de dupla muralha, uma entrada protegida por dois bastiões, fossos circundantes, entre outros aspetos.
O novo projeto, que agora tem início, irá prolongar-se até 2017 e consistirá em diversas campanhas de escavação a realizar todos os verões com a participação de voluntários, sobretudo estudantes de arqueologia, mas também de diversos investigadores.
A campanha de 2014 consiste na realização de trabalhos de prospeção geofísica seguidos da escavação da zona de topo do povoado onde se esperam encontrar vestígios que possam revelar diversas informações sobre o quotidiano das populações que habitaram a planície de Beja há 3000 anos atrás.
Para além dos trabalhos arqueológicos a desenvolver durante o mês de agosto, irão ser decorrer outras atividades paralelas que englobam visitas guiadas às escavações, ações de formação e palestras, entre outras.
Os trabalhos são dirigidos por Miguel Serra e Eduardo Porfírio, arqueólogos da empresa Palimpsesto, Lda. e investigadores do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Universidade de Coimbra (CEAACP) e por Sofia Silva da empresa Palimpsesto, contanto com a participação voluntária de vários estudantes de arqueologia da Universidade de Coimbra.
O Projeto Outeiro do Circo conta com o financiamento da Câmara Municipal de Beja, os apoios da empresa de arqueologia Palimpsesto, Lda. e do Regimento de Infantaria 3 do Exército Português, para além de diversas colaborações científicas com o Instituto Politécnico de Beja, Centro de Geofísica de Évora e Laboratório Hércules, ambos da Universidade de Évora.